segunda-feira, 2 de junho de 2014

Seco

Os poros não fecham
Os pelos não molham
Os dias não passam
A tristeza não vem

As estrelas sentem preguiça de brilhar
A lua não fica mais cheia
A boca implode
Os ouvidos explodem
As mãos destroem
O açúcar salga
O azedo adoça
O vazio dimensiona
A água mata a sede
A sede não cessa
Seca o mundo  

O seco que seca tudo 

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