Os
poros não fecham
Os
pelos não molham
Os
dias não passam
A
tristeza não vem
As
estrelas sentem preguiça de brilhar
A
lua não fica mais cheia
A
boca implode
Os
ouvidos explodem
As
mãos destroem
O
açúcar salga
O
azedo adoça
O
vazio dimensiona
A
água mata a sede
A
sede não cessa
Seca
o mundo
O
seco que seca tudo
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