Sampa
do meu cocozão, todas as minhas virtudes e defeitos são suas e detesto o seu ar
fedido do rio de bosta que sempre te atravessa. Cidade feia, de arquiteturas
encardidas, poluição que eu acostumei respirar. Meu centro velho que eu me
perco e me acho como labirinto. Cidade arrogante, caminham paulistanos que não
têm raízes, não sabem o que é São Paulo, porque tudo daqui é tradições remendadas
dos migrantes nordestinos e imigrantes coreanos, bolivianos, negros e
japoneses. São Paulo, cidade perdida, que se acostumou com o seu labirinto. Teu
ar fede minha querida, os meus sonhos se perdem nos seus grafites e nos seus
vagabundos que estão nos botecos mais podreiras. Sampinha do meu cocozão, garoa
é toda de sangue.
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